Fiquei sem fazer postagens na semana passada. Acontece que sempre atualizo meu portfólio nos finais de semana. Adivinhem o que aconteceu? Nossa internet, aqui em casa, resolveu entrar em greve no sábado e no domingo. Resultado, não fiz nenhuma contribuição.
Tudo bem, mas nesta semana terei algumas aprendizagens para compartilhar!
Vivi
terça-feira, 17 de novembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Planeamento de uma aula...
A) Nível/ Etapa de Ensino
- 2ª série do Ensino Fundamental ou 3º ano do Fundamental I
B) Temática focalizada
- Contos
C) Justificativa
- 2ª série do Ensino Fundamental ou 3º ano do Fundamental I
B) Temática focalizada
- Contos
C) Justificativa
- Muitas crianças apresentam dificuldades na leitura e escrita, portanto é importante diversificar os portadores de textos para incentivá-los nessa difícil tarefa de ler e escrever. Atividades como reescrever um conto, podem vir a contribuir muito para que os alunos aprofundem os conhecimentos já adquiridos até o momento e venham a reconstruir algumas lacunas. Contudo, esta temática dos contos se propõe a ampliar o conhecimento dos alunos em dois aspectos: o do conhecimento da língua em relação ao sistema de escrita e a dos conhecimentos relacionados à linguagem escrita, concretizados nas diversas práticas sociais em que se lê e escreve.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social...
Narrativa – Isabela (5 anos)
- Um dia, fui em um lugar que tinha um monte de bichinhos. Até o coelho da páscoa estava lá! Ele disse que ia me trazer um montão de ovinhos de chocolate se eu ajudasse ele a levar os ovinhos para outras crianças. Ah! Lá também tinha uma galinha gigante, uma galinhona. Eu até subi nas costas dela e voamos lá em cima.
- Um dia, fui em um lugar que tinha um monte de bichinhos. Até o coelho da páscoa estava lá! Ele disse que ia me trazer um montão de ovinhos de chocolate se eu ajudasse ele a levar os ovinhos para outras crianças. Ah! Lá também tinha uma galinha gigante, uma galinhona. Eu até subi nas costas dela e voamos lá em cima.
Detalhe: A professora falou que naquela semana haviam visitado uma exposição de animais na cidade. Um lugar onde os produtores expõem seus animais para comércio. Disse que a maioria das crianças se encantou com uma ema, o que certamente foi associada a uma “galinha gigante”.
Com isso foi possível constatar que essa criança utilizou uma mistura de elementos reais com ficção, o que é chamado de sincretismo. De acordo com seus critérios pessoais, ao ver um coelho, prontamente o associou ao coelho da páscoa, ou seja, através da imaginação foi possível criar um momento em que o coelho conversou com ela, bem como o outro momento em que voou nas costas de uma galinha.
Outro aspecto observável foi que a criança utilizou seus construtos para identificar a ema como sendo uma galinha, afinal, certamente até aquele momento o único animal de bico e com penas que conhecia era uma galinha. Portanto, utilizou seus parâmetros que serviram como referência para a comparação que fez. Segundo (GASTALDI), "[...] A narrativa (primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano) é, portanto, o que modela e estimula a atividade mental [...]". Esse estímulo acontece durante toda a narrativa, desde o encadeamento dos fatos até o próprio ato de experimentar a ficção e viver algo que não é possível. Dessa forma a criança utiliza a linguagem na organização do pensamento.
A postura da família e do professor, nessa fase, é de fundamental importância, lembrando que é um momento em que podem auxiliar a criança a expressar-se melhor.
Contar histórias é um ótimo exercício de imaginação, dessa forma os pequenos aprendem a lidar com situações que virão a fazer parte da realidade. Para WINNICOTT, essas simbolizações fazem parte do que ele chamou de “espaço potencial”, ou seja, “[...] trata-se de uma área de experiência em que os pequenos podem brincar com a realidade, em que dão um sentido pessoal aos elementos do ambiente e os elaboram à sua maneira para com eles poder lidar [...]”.
Portanto, é necessário que o professor não tire conclusões precipitadas em relação as narrativas das crianças, ou seja, não significa necessariamente que ao narrar uma luta ou uma briga, ela esteja se reportando a algum acontecimento vivenciado por ela. Em geral, esse tipo de vivência faz com que a criança reprima esses fatos, uma vez que são muito dolorosos para ela.
Com isso foi possível constatar que essa criança utilizou uma mistura de elementos reais com ficção, o que é chamado de sincretismo. De acordo com seus critérios pessoais, ao ver um coelho, prontamente o associou ao coelho da páscoa, ou seja, através da imaginação foi possível criar um momento em que o coelho conversou com ela, bem como o outro momento em que voou nas costas de uma galinha.
Outro aspecto observável foi que a criança utilizou seus construtos para identificar a ema como sendo uma galinha, afinal, certamente até aquele momento o único animal de bico e com penas que conhecia era uma galinha. Portanto, utilizou seus parâmetros que serviram como referência para a comparação que fez. Segundo (GASTALDI), "[...] A narrativa (primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano) é, portanto, o que modela e estimula a atividade mental [...]". Esse estímulo acontece durante toda a narrativa, desde o encadeamento dos fatos até o próprio ato de experimentar a ficção e viver algo que não é possível. Dessa forma a criança utiliza a linguagem na organização do pensamento.
A postura da família e do professor, nessa fase, é de fundamental importância, lembrando que é um momento em que podem auxiliar a criança a expressar-se melhor.
Contar histórias é um ótimo exercício de imaginação, dessa forma os pequenos aprendem a lidar com situações que virão a fazer parte da realidade. Para WINNICOTT, essas simbolizações fazem parte do que ele chamou de “espaço potencial”, ou seja, “[...] trata-se de uma área de experiência em que os pequenos podem brincar com a realidade, em que dão um sentido pessoal aos elementos do ambiente e os elaboram à sua maneira para com eles poder lidar [...]”.
Portanto, é necessário que o professor não tire conclusões precipitadas em relação as narrativas das crianças, ou seja, não significa necessariamente que ao narrar uma luta ou uma briga, ela esteja se reportando a algum acontecimento vivenciado por ela. Em geral, esse tipo de vivência faz com que a criança reprima esses fatos, uma vez que são muito dolorosos para ela.
Vivi
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social
* Para a autora, as práticas de uso da escrita da escola se sustentam em um modelo de letramento parcial e equivocado. Tal modelo considera que existe apenas uma maneira de se desenvolver o letramento, sendo que essa forma está associada ao progresso, civilização e mobilidade social vigente desde o século passado.
Portanto, a escola não se preocupa com o letramento do ponto de vista da prática social porque ainda persiste em um modelo socioeconômico ultrapassado, onde os grupos sociais menos favorecidos são considerados apenas como massa de trabalho, indivíduos que não “contribuem” para a formação da identidade cultural do país.*
Portanto, a escola não se preocupa com o letramento do ponto de vista da prática social porque ainda persiste em um modelo socioeconômico ultrapassado, onde os grupos sociais menos favorecidos são considerados apenas como massa de trabalho, indivíduos que não “contribuem” para a formação da identidade cultural do país.*
Vivi
Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?
Respondendo ao questionamento inicial sobre a fala, escrita e leitura, não as praticamos sempre da mesma forma. Se assim fosse, não estaríamos interagindo com o que há a nossa volta. Conforme ZEN, (2002, p. 5), “[...] não falamos sempre da mesma forma, não escrevemos adotando sempre o mesmo estilo [...]”. Explicando melhor, nossa vida está em constante mudança. Tais mudanças ocorrem, na maioria das vezes, de fora para dentro, ou seja, a dinâmica social nos exige diferentes posicionamentos em relação às nossas escolhas. Escolhemos o que vamos ler, com quem vamos partilhar nossos problemas, de que forma tornaremos nossa aula mais interessante, enfim, tudo isso acaba por modificar nossas práticas e pensamentos. Sendo assim, como os interesses mudam ao longo da vida, a forma de nos expressarmos através da fala, escrita e leitura também muda. Se em determinado momento da vida estamos mais interessados em Educação Especial, por exemplo, nossos discursos terão um viés direcionado às reflexões provenientes desse assunto. Se outrora estivermos trabalhando em pesquisa, a forma de expressarmos nossas proposições será através de uma linguagem padrão[1]. Ou seja, não podemos utilizar a linguagem coloquial, precisamos ser mais enfáticos e objetivos naquilo que defendemos e queremos demonstrar.
[1] Linguagem padrão – formas de expressão utilizadas no meio científico.
Assinar:
Postagens (Atom)